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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Coceira na Pele

Coceira na pele é uma sensação desconfortável, irritante que pode tornar a coçar irresistível. Parece simples. Quando você coçar, você arranhar. Mas a coceira na pele pode ter centenas de causas possíveis. Também conhecida como prurido, coceira na pele pode ser o resultado de uma erupção cutânea ou de outra condição, como a psoríase ou dermatite

Coceira na pele pode ser um sintoma de uma doença interna, como insuficiência renal ou doença hepática. Apesar de coceira, a pele pode parecer normal. Ou pode ser acompanhada por vermelhidão na pele, pele áspera, inchaços ou bolhas.


Identificar e tratar a causa subjacente de coceira na pele é importante para o prurido a longo prazo.
Coceira na pele possui tratamentos que incluem medicamentos, curativos molhados e terapia de luz. Medidas de autocuidado, incluindo produtos anti-coceira e banhos frescos, também podem ajudar.

Coceira na pele pode ocorrer em áreas pequenas, como em um braço ou perna. Ou todo o seu corpo pode sentir coceira. Coceira na pele pode ocorrer sem qualquer alteração visível na pele. Ou ele pode ser associado com:
  • Vermelhidão
  • Inchaços, manchas ou bolhas
  • Pele seca e rachada
  • Textura coriácea ou escamosa da pele

Às vezes a coceira dura muito tempo e pode ser intensa. E quanto mais coçar, mais você vai querer coçar. Quebrar este ciclo de "coça coça" pode ser um desafio.

Quando Consultar um Médico sobre Coceira na Pele

Consulte o seu médico ou consultar um especialista em doenças de pele (dermatologista), se a coceira:
  • Durar mais de duas semanas e não melhorar com medidas de autocuidado
  • É extremamente grave e desconfortável e causa distração de suas rotinas diárias ou impede você de dormir
  • Não pode ser facilmente explicada
  • Afeta todo o seu corpo
  • É acompanhada por outras sintomas como cansaço extremo, perda de peso, alterações nos hábitos intestinais ou frequência urinária, febre ou vermelhidão da pele

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Em Sousa dia 26 de novembro

Atenção clientes. Atendendo dia 26 deste mês pela manhã
. Ligue ja e marque sua consulta pelo 83 3522 2500 Clinica Espaço Vida.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Se aperfeiçoando cada vez mais em Dermatite Atópica

E mensalmente participando de um mestrado em Ciências da Saúde na área de Dermatite Atópica- Na Faculdade de Medicina do ABC em Santo André SP



Conheça um pouco mais sobre o problema
O tratamento para dermatite atópica deve ser orientado por um dermatologista pois, normalmente, demora vários meses até encontrar a forma de tratamento mais eficaz para aliviar os sintomas.
Assim, o tratamento é iniciado apenas com banhos diários com água morna para manter a pele limpa e aplicação de cremes emolientes, como Mustela ou Noreva, 2 vezes por dia para manter a pele bem hidratada e saudável.
Porém, quando estas medidas de tratamento não apresentam resultados, o médico pode aconselhar experimentar outros tratamentos como:


Cremes corticoides, como Betametasona ou Dexametasona: ajudam a aliviar a coceira, o inchaço e a vermelhidão da pele, no entanto, devem ser sempre utilizados sob orientação do médico pois podem agravar os sintomas ou causar infecções, por exemplo;
  • Cremes para reparação da pele, como Tacrolimos ou Pimecrolimos: são cremes que ajudam a aumentar as defesas da pele, mantendo-a com aspecto normal e evitando o surgimento de coceira;
  • Remédios para alergia, como Difenidramina ou Triprolidina: aliviam os sintomas de coceira e ajudam o paciente a adormecer durante crises de dermatite, pois provocam muita sonolência;
  • Fototerapia: consiste na exposição da pele a raios ultravioleta para reduzir a vermelhidão e inchaço das camadas de pele.
  • No caso de dermatite atópica no bebê, é ainda recomendado consultar o pediatra para selecionar o melhor tratamento, uma vez que nem todos os tratamento podem ser utilizados em crianças.
    Sinais de melhora da dermatite atópica
    Os sinais de melhora da dermatite atópica podem surgir após a primeira semana de tratamento e incluem em redução da vermelhidão, do inchaço e da coceira na pele.

    Sinais de piora da dermatite atópica

    Os sinais de piora da dermatite atópica são mais comuns quando não é possível encontrar uma causa para o problema e adequar o tratamento, podendo incluir surgimento de feridas na pele afetada, sangramento, dor na pele e, até, febre acima de 38º. Nestes casos, é recomendado ir ao pronto-socorro para iniciar o tratamento para infecção.


    segunda-feira, 15 de agosto de 2016

    Dra Tamara Abrantes Dia 30 de setembro em Sousa PB

    Dia 30 de setembro  atendimento na Clínica Espaço Vida. Atendimento com hora marcada pelo telefone 83 3522 2500.


    domingo, 5 de junho de 2016

    RADLA O evento mais tradicional da América Latina

    A RADLA, existente desde 1973, é o mais tradicional evento da Dermatologia da América Latina, reunindo os maiores especialistas dos seus países.
    Mais de 100 atividades científicas programadas durante os 4 dias de evento, abrangendo temas da Dermatologia clínica, cirúrgica e cosmiátrica, em 13 salas, com sessões simultâneas.





    Convidados reconhecidos internacionalmente
    Oito convidados estrangeiros de reconhecida expertise em suas áreas de atuação já têm presença confirmada, compartilhando o estado da arte da Dermatologia.
    Dr. David Cohen (EUA)
    Dermatologia clínica e terapêutica
    Dra. Eulália Baselga (Espanha)
    Dermatologia pediátrica
    Dra. Evangeline Handog (Filipinas)
    Dermatologia estética
    Dra. Francine Blei (EUA)
    Anomalias vasculares
    Dra. Ilona Frieden (EUA)
    Dermatologia pediátrica
    Dr. Jerry Shapiro (EUA)
    Doenças do cabelo e do couro cabeludo
    Dr. Luís Diaz (EUA)
    Dermatoses bolhosas
    Dr. Ronald Brancaccio
    Dermatite de contato

    segunda-feira, 18 de abril de 2016

    Dermatologista


    Tamara Gomes Abrantes Barbosa Moreira

    Formação em  2008.1
    Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte

    Especialização de Dermatogia em Salvador Bahia
    Mestranda na área de imunologia e Dermatite atópica pela Faculdade de Medicina do ABC
    Dermatologia estética e cirúrgica pelo colégio brasileiro de medicina e saúde - universidade Cândido Mendes- Recife -PE

    Dermatogia Salvador- UGF
                            

    Atendendo:
    Clínica Espaço Vida Médicos e Diagnósticos
    Rua Princesa Isabel - 42- Bairro Bancários  - Sousa PB
    Telefone: 83 3522 2500


    Clinica Mais Saúde
    Rua Teobaldo Gomes Torres, 57 Centro Ouricuri PÉ
    Telefones: 87-981087274/ 3874 1343
    Clinicenter Cariri:




    Clínica Dr Humberto Macário
    Rua Coronel Antônio Luiz, 1043 Bairro Pimenta Crato CE
    Referencia: em frente à emergência do Hospital São Francisco
    Tel: 88- 35214797
    OI- 88 98804 9571
    TIM 88- 99869 6652
    Claro: 88- 993076628
    Vivo: 88- 998106890




    Botox- Toxina botulínica: o fim dos pés de galinha

    Botox®, Dysport®, Xeomin® e Prosigne® são nomes comerciais da toxina botulínica, substância produzida pela bactéria causadora da doença botulismo.
    Inicialmente utilizada pela Oftalmologia e Neurologia para correção de contrações musculares involuntárias, há vários anos vem sendo usada na Dermatologia para a correção das rugas dinâmicas, com ótimos resultados.
    As rugas dinâmicas, ou rugas de expressão, são aquelas provocadas pela contração muscular da mímica facial, que leva, ao longo do tempo, à formação de vincos permanentes na pele.


    Como atua a toxina botulínica?
    A toxina botulínica atua impedindo a contração dos músculos faciais que dão origem às rugas. Com a interrupção da contração, ocorre o relaxamento muscular e as rugas se atenuam. Os principais locais da face onde pode ser utilizada são a região frontal (testa), a glabela (entre os supercílios) e região peri-orbitária (“pés de galinha”).


    Aplicação e resultados
    A aplicação da toxina botulínica deve ser realizada apenas por médicos e pode ser feita no consultório. A substância é injetada em pontos específicos dos músculos responsáveis pela mímica facial que estão causando as rugas. Estes pontos são selecionados de acordo com as características de cada pessoa, assim como a dose necessária para se obter o efeito desejado deve ser determinada individualmente.
    A aplicação em locais inadequados ou o uso de doses erradas pode acarretar resultados indesejados, como desvios musculares ou expressões de aspecto “artificial”, por isso, recomenda-se que o tratamento seja feito por médico capacitado e treinado.
    Por ser injetada com uma agulha muito fina, a maioria das pessoas relata que é perfeitamente suportável a sensação da picada. Pessoas mais sensíveis podem utilizar um creme anestésico, colocado 30 a 60 minutos antes do procedimento, para atenuar o incômodo.
    Os resultados começam a aparecer em cerca de 48 horas e atingem o efeito máximo em 2 semanas. O procedimento deve ser repetido a cada 4 meses para a sua manutenção. Este tempo pode variar de acordo com cada pessoa e o procedimento pode ser repetido diversas vezes.


    Efeitos colaterais
    Os efeitos colaterais são raros, mas pode ocorrer dor de cabeça leve e transitória logo após a aplicação e também a formação de pequena equimose (“mancha roxa”) no local de uma ou outra picada da agulha.
    A ptose palpebral (abaixamento da pálpebra superior) pode ocorrer em 1% dos casos, sendo reversível em cerca de 2 semanas. Para evitar riscos de ptose palpebral, quem se submete à técnica não deve se deitar ou manipular os locais da aplicação durante 4 horas após o procedimento.



    6 coisas que você precisa saber para tratar a queda de cabelo

    Sabe aquele momento em que você está escovando ou penteando os cabelos e, de repente, olha e vê aqueles fios na escova? Essa é uma das queixas mais comum nos consultórios dermatológicos: a queda de cabelos. Antes da preocupação, é necessário entender que nem sempre isto significa alguma doença do couro cabeludo ou nas madeixas. Pode simplesmente ser parte do ciclo natural do pelo, que consiste em fases de crescimento, transição, repouso e queda. Após essa queda “esperada” do fio de cabelo outro é reposto no lugar com as mesmas características. Então quando devemos nos preocupar com a queda?


    Devemos nos preocupar quando há um aumento na queda, diminuição no volume dos cabelos, afinamento dos cabelos, a presença de cabelos fracos e quebradiços, inflamações do couro cabeludo e áreas sem cabelos. Existem fatores internos e externos que podem ocasionar um aumento na queda capilar.
    – Dentre os fatores internos, destacam-se alterações nutricionais como carências alimentares, regimes prolongados e restritivos, alterações emocionais, como ansiedade e depressão, alterações hormonais, como em doenças da tireoide, alterações genéticas,  dermatite seborreica (a famosa caspa) e outras inflamações do couro cabeludo e dos cabelos

    Já entre os fatores externos, estão as agressões físicas ao fio de cabelo, desde a exposição ao sol, poluição, o desgaste natural das lavagens e secagens do cabelos, chapinhas, alguns alisamentos e agressões químicas como tinturas e alisamentos. A calvície feminina acomete cerca de 80% das mulheres após a puberdade e pode passar despercebida pela paciente por muitos anos. O diagnóstico precoce e o início do tratamento são importantes para evitar a progressão da doença. E para ajudar você a tratar o problema, o especialista responde algumas das principais dúvidas sobre a queda de cabelos


    1. Quais atitudes das mulheres podem piorar a queda de cabelos?
    É muito comum, com o aumento da queda de cabelos, a interrupção na lavagem, pois as pacientes ficam preocupadas com a quantidade que pode cair durante o banho. Essa atitude associada ao estresse causado pelo aumento da queda, pode piorar a dermatite seborreica, causando uma queda ainda mais acentuada.

    2. E a quebra dos fios? Como ocorre e por quê?
    A quebra dos fios é consequência de uma agressão importante do cabelo. Normalmente não é causada por um agente somente. O desgaste natural (sol, frio, poluição, lavagens, secagens, ato de pentear) associados às agressões químicas – como tinturas e alisamentos – podem causar a quebra e enfraquecimento do cabelos, pois destroem a estrutura básica do fio. Isso resulta em um cabelo sem brilho, opaco, quebradiço e fraco. O mais importante é a interrupção imediata das agressões
    3. Qual a consequência do uso de chapinha, secadores e babyliss nos cabelos?
    O uso prolongado e exagerado pode causar desgaste e quebra do fio, deixando os cabelos sem brilho e fracos, podendo levar até a um aumento da queda e posteriormente a uma perda capilar irreversível

    4. Quais os piores danos causados pelo uso de química, coloração e outros produtos no cabelo?
    Os piores danos são a destruição do fio, quebra e enfraquecimento.
    5. O que você sugere para as mulheres que estão sofrendo com queda ou quebra do cabelo?
    É muito importante descobrir o motivo da queda de cabelos para que seja iniciado o tratamento adequado o mais breve possível, além da interrupção das agressões químicas e físicas. Em ambos os casos é necessária a consulta com um dermatologista para o diagnóstico e tratamento adequado.
    6. Existem remédios, xampus ou vitaminas que podem ser usados nestes casos e realmente promovem melhora?
    Existem sim! Após um exame clínico com o especialista, a investigação adequada e a descoberta da causa, os tratamentos são efetivos e promovem a melhora. O importante é a identificação da causa, pois o tratamento vai variar de acordo com o problema apresentado. Por exemplo, no caso da calvície, tanto masculina quanto feminina, podemos usar medicações especificas através de loções, xampus e comprimidos. Em cabelos quebradiços e fracos, decorrentes de alterações nutricionais, por exemplo, o uso de vitaminas especificas e máscaras capilares hidratantes pode ajudar.

    Cisto sebáceo

    O que é Cisto sebáceo?
    O cisto sebáceo (conhecido também como cisto epidérmico, nome mais correto) caracteriza-se como um nódulo de tamanho variável, único ou múltiplo, de coloração da pele normal, esbranquiçados ou amarelados. A consistência pode ser dura, elástica, às vezes, com flutuação quando inflamado. Em alguns cistos observam-se um ponto central representando uma obstrução da unidade pilosebáceo que, à expressão elimina um material esbranquiçado (queratina). Esses cistos são benignos e podem aparecer em qualquer região do corpo, sendo mais comuns na face, no pescoço e no tronco. Os cistos traumáticos são mais frequentes nas palmas, plantas e nádegas.
    Os cistos são encontrados em adultos em ambos os sexos. Algumas doenças genéticas podem acompanhar estes tipos de cistos.

                                              

    Causas

    Os cistos sebáceos surgem da proliferação de células da pele produtoras de queratina dentro da derme. Podem originar-se da oclusão do folículo pilosebáceo, implantação de células da epiderme em locais mais profundos da pele por trauma ou a partir de células que desprendem das fendas embrionárias.
    Os cistos podem ocorrer inflamação secundária tornando-se dolorosos e avermelhados.

     Sintomas de Cisto sebáceo

    Os cistos sebáceos não apresentam sintomas, exceto quando se inflamam podem acompanhar-se de dor no local


    Buscando ajuda médica
    A maioria dos cistos sebáceos não causam problemas mais graves e nem precisam de tratamento. Recomenda-se procurar um dermatologista (médico que trata das doenças da pele, cabelos e unhas) se ocorrer uma das seguintes alterações:
    • Crescimento rápido
    • Romper-se, com liberação de material amarelado do seu interior ou se tornar doloroso quando inflamado
    • Ocorrer em local de trauma frequente podendo causar irritação
    • Por questões estéticas.

    Na consulta médica                        

    Marque uma consulta com um dermatologista e descreva seus sintomas detalhados e tire todas as suas dúvidas quanto aos sintomas que podem ocorrer e as possíveis causas. O médico poderá lhe fazer as seguintes perguntas:
    • Quando surgiram os primeiros sintomas?
    • Você notou o aparecimento de nódulos (caroços) na pele em outros locais de seu corpo? Onde?
    • Você já teve sintomas similares no passado?
    • Você já teve acne (espinha) grave?
    • Os cistos estão causando desconforto ou dor?
    • Os cistos estão lhe incomodando esteticamente?
    • Você sofreu alguma lesão na pele recentemente ou passou por algum tipo de cirurgia na área afetada?
    • Sua família tem histórico de acne ou de cistos?

    Tratamento de Cisto sebáceo
    O tratamento definitivo é cirúrgico com anestesia local para a retirada do cisto e da cápsula e sutura com fio mononylon. A recidiva pode acontecer se a cápsula não for retirada por completo. Se ocorrer inflamação e dor a drenagem é indicada. Quando apresentar infecção bacteriana a antibioticoterapia oral pode ser indicada. A injeção de Corticosteroide (cortisona) dentro do cisto pode diminuir o tamanho, prevenir a inflamação e dor.
    Os cistos tem crescimento lento, assintomático não sendo possível diminuir a sua progressão, mas podemos ajudar a prevenir a formação de cicatrizes e infecções adotando algumas medidas simples, como:
    • Não espremer o cisto. Consultar o médico para orientação
    • Colocar compressa quente quando inflamado pode ajudar a diminuir a dor e a eliminar o material purulento

    Convivendo/ Prognóstico
    Os cistos tem crescimento lento, assintomático não sendo possível diminuir a sua progressão, mas podemos ajudar a prevenir a formação de cicatrizes e infecções adotando algumas medidas simples, como:
    • Não espremer o cisto. Consultar o médico para orientação
    • Colocar compressa quente quando inflamado pode ajudar a diminuir a dor e a eliminar o material purulento

    Complicações possíveis                        

    As complicações que podem ocorrer na evolução de um cisto são: ruptura, infecção bacteriana, aumento de tamanho por trauma e dor. Os cistos sebáceos geralmente tem evolução benigna e a transformação maligna é rara, mas foram descritos casos de conjunção com tumores malignos (Carcinomas).

    Expectativas                        

    Cistos grandes e dolorosos podem interferir nas suas atividades diárias e prejudicar a autoestima, podendo também afetar a aparência.
    Se tratado corretamente, as chances de um cisto sebáceo evoluir para uma complicação mais grave são muito pequenas. Às vezes, o cisto não exige tratamento, mas o paciente pode optar se a presença dele estiver incomodando.




    O que é Acne?

    Acne é uma condição da pele que ocorre quando os folículos pilosos da peleficam obstruídos por sebo e células mortas, ficando colonizados por bactérias que geram inflamação. Acne mais comumente aparece no rosto, pescoço, peito, costas e ombros.
    Dependendo da gravidade, a acne pode causar sofrimento emocional e levar a cicatrizes na pele. A boa notícia é que existem tratamentos eficazes disponíveis – e quanto mais cedo é iniciado, menor é o risco de cicatrizes.

    Tipos
    Os diferentes tipos de acne incluem:

    Acne do recém-nascido


    Cerca de 20% dos recém-nascidos desenvolvem acne leve. Isso pode acontecer porque certos hormônios são passados para eles através da placenta por suas mães pouco antes do nascimento. Outra causa de acne em bebês é o estresse do parto, que pode fazer o corpo do bebê liberar hormônios. Recém-nascidos com acne geralmente tem lesões que desaparecem espontaneamente.

    Acne infantil


    Bebês entre três e 16 meses de idade podem desenvolver acne infantil. Eles podem ter cravos e espinhas. Acne infantil geralmente desaparece quando a criança chega aos dois anos de idade. As espinhas raramente deixam cicatrizes. Acne infantil pode ser causada, em parte, pelos níveis hormonais mais elevados do que o normal.

    Acne vulgar


    O tipo mais comum de acne é acne vulgar. Ela aparece com mais frequência em adolescentes e adultos jovens.

    Acne cística


    Acne conglobata é uma forma rara, mais grave, de acne. Ela ocorre principalmente em homens jovens. Na acne conglobata, espinhas grandes se desenvolvem no rosto, peito, costas, braços e coxas. Este tipo de acne pode ser difícil de tratar e muitas vezes deixa cicatrizes.

    Acne fulminante


    Acne fulminante é uma forma grave de acne conglobata, que ocorre mais em meninos adolescentes. Na acne fulminante, um grande número de espinhas se desenvolve muito rapidamente nas costas e no peito. Essas espinhas muitas vezes deixam cicatrizes graves. Pacientes com acne fulminante muitas vezes sofrem com febre e dor muscular e óssea.

    Causas

    Existem diferentes tipos de acne. A acne mais comum é o tipo que se desenvolve durante a adolescência. A puberdade faz com que os níveis hormonais fiquem elevados, especialmente a testosterona. Esses hormônios estimulam as glândulas da pele, que começam a produzir mais óleo (sebo).
    As crianças e os adultos mais velhos também podem ter acne.
    Superprodução de sebo na pele e concentração de células mortas nos folículos pilosos da pele estão entre as causas de acne. Esses fatores resultam em obstrução, com acúmulo de bactérias e inflamação.
    Os folículos pilosos estão ligados a glândulas sebáceas, que secretam uma substância oleosa, conhecida como sebo, para lubrificar o seu cabelo e pele. Quando o corpo produz uma quantidade excessiva de sebo e células mortas da pele, os dois podem se acumular nos folículos pilosos, criando um ambiente onde as bactérias podem prosperar.
    Esse cenário pode fazer com que o folículo se torne inchado e inflamado, acumulando pus, formando a espinha. Também pode acontecer de o folículo se abrir e escurecer, gerando um cravo, ou comedão.

    Fatores que podem piorar acne

    • Hormônios. Os andrógenos são hormônios que aumentam em meninos e meninas durante a puberdade, fazendo as glândulas sebáceas ampliarem e produzirem mais sebo. Alterações hormonais relacionadas com a gravidez e o uso de contraceptivos orais também pode afetar a produção de sebo
    • Certos medicamentos, como os corticoides, andrógenos ou a base de lítio são conhecidos por causar acne
    • Fatores dietéticos, incluindo ingestão excessiva de produtos lácteos e alimentos ricos em carboidratos - como pães, biscoitos e batatas fritas - pode desencadear acne.

    Mitos da acne

    Ao contrário do que algumas pessoas pensam, esses fatores têm pouco efeito sobre a acne:
    • Alimentos gordurosos e chocolate têm pouco ou nenhum efeito sobre o desenvolvimento ou curso da acne
    • Acne não é causada pela sujeira. Na verdade, esfregar a pele com muita força ou a limpeza com sabonetes abrasivos e produtos químicos irrita a pele e pode piorar a acne. Fazer uma simples limpeza da pele para remover o excesso de óleo e células mortas é tudo o que é necessário.

    Fatores de risco

    acne geralmente não é uma condição médica séria. Mas você pode querer procurar um dermatologista para tratar espinhas persistentes ou cistos inflamados, a fim de evitar cicatrizes ou outros danos à pele. Se a acne e as cicatrizes estão afetando seus relacionamentos sociais ou autoestima, você também pode querer perguntar a um dermatologista sobre o tratamento das cicatrizes existentes.
    Marque uma consulta médica se:
    • Você está preocupado com acne do seu filho ou sua
    • A acne piorar ou não melhorar depois de três meses com o tratamento em casa
    • Ocorrerem cicatrizes ou marcas depois de curar a acne
    • As espinhas se tornam grandes e duras ou preenchidas com fluido
    • Você começa a ter outros sintomas físicos, tais como o crescimento de pelos faciais em mulheres
    • A acne começou após o uso de um novo medicamento
    • Houve exposição a produtos químicos, óleos ou outras substâncias que causam irritação na pele.
    Você pode querer procurar ajuda médica mais cedo se houver um forte histórico familiar de acne, está emocionalmente afetado pela acne ou desenvolveu acne em uma idade precoce.

    Na consulta médica

    Especialistas que podem diagnosticar e tratar acne são:
    • Dermatologista
    Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
    • Anote informações médicas tais como outras condições com as quais você foi diagnosticado e qualquer medicação que você está tomando, incluindo vitaminas e suplementos
    • Anote as informações pessoais importantes, incluindo quaisquer tensões principais ou mudanças de vida recentes.
    O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
    • Quando a acne começou?
    • Alguma coisa em particular parecem desencadear um surto acne, como estresse ou ciclo menstrual?
    • Quais os medicamentos você ou seu filho toma, bem como vitaminas e suplementos?
    • Você usa contraceptivos orais?
    • Você tem períodos menstruais regulares?
    • Você está grávida, ou planeja engravidar em breve?
    • Que tipos de sabonetes, loções, produtos de cabelo ou cosméticos você usa?
    • Você tem história familiar de acne?
    • Que tratamentos você já tentou até agora? Algum tem sido eficaz?
    Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para acne, algumas perguntas básicas incluem:
    • Que tipo de tratamento você recomenda para mim?
    • Se o primeiro tratamento não funcionar, o que você vai recomendar a seguir?
    • Quais são os possíveis efeitos colaterais dos medicamentos que você prescreveu?
    • Quanto tempo eu posso usar com segurança os medicamentos?
    • Quanto tempo depois do início do tratamento os sintomas começam a melhorar?
    • Em quando você vai me ver novamente para avaliar se o tratamento está funcionando?
    • Existem medidas de autocuidado para melhorar os sintomas?
    • Você recomenda qualquer alteração minha dieta?Você recomenda quaisquer alterações nos produtos que estou usando, como xampus e cremes hidratantes?
    Diagnóstico de Acne
    O médico fará um exame físico e irá perguntar sobre seu histórico médico. Na maioria das vezes, não serão feitos testes especiais para acne. Pode ser que o médico peça outros exames, se suspeitar que a acne é um sintoma de outro problema médico.

    Tratamento da acne

    O tratamento da acne foca em reduzir a produção de óleo na pele, acelerar a renovação celular, combater à infecção bacteriana e reduzir a inflamação. Em alguns casos, a pele pode piorar antes de ficar melhor.
    O dermatologista pode recomendar um medicamento tópico - para aplicar na pele - ou medicações via oral, como Azitromicina e Roacutan. Medicamentos orais para acne não devem ser usado durante a gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre.
    O tratamento da acne inclui:
    • Cremes tópicos de venda livre
    • Cremes tópicos disponíveis com prescrição
    • Antibióticos, que podem ser combinados com outros produtos tópicos ou orais
    • Contraceptivos orais
    • Isotretinoína oral
    • Procedimentos cosméticos, como peeling químico e microdermoabrasão, lasers, luz pulsada.

    Tratamento da cicatriz da acne

    É possível usar certos procedimentos para diminuir as cicatrizes deixadas pela acne. Veja:
    • Preenchimento facial com ácido hialurônico
    • Peelings químicos
    • Dermoabrasão
    • Microdermoabrasão
    • Laser e tratamentos de radiofrequência
    • Microcirurgias para retirar as cicatrizes de acne.

    Medicamentos para Acne

    Os medicamentos mais usados para o tratamento de acne são:
    Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

    Convivendo/ Prognóstico
    Cuidados em casa ajudam a tratar a acne:
    • Lave seu rosto e outras áreas afetadas uma ou duas vezes por dia
    • Não cutuque ou esprema as espinhas, pois isso pode causar infecções e inflamações
    • Evite tocar a pele com as mãos sujas ou objetos pouco higienizados
    • Mantenha seu cabelo limpo e longe do rosto, para evitar oleosidade
    • Use cremes, sabonetes, loções e géis para tratar a acne. Sempre leia atentamente a bula para garantir que você está usando o produto corretamente
    • Proteja sua pele dos raios solares, uma vez que alguns tratamentos podem reagir quando em contato com o sol.

    Complicações possíveis

    A acne não tratada pode causar feridas na pele, que se contaminadas acarretam em infecções. Em alguns casos, a acne pode causar cicatrizes na pele.

    Prevenção
    Você pode adotar alguns hábitos para prevenir a acne ou evitar que ela fique pior:
    • Lave gentilmente a pele todos os dias. Evitar esfregar com muita força ou lavar excessivamente
    • Evite suar muito se você acha que isso tornará a sua acne pior. Caso não seja evitável, higienize o rosto após a atividade
    • Lave seus cabelos com frequência e evite que eles fiquem muito oleosos
    • Evite produtos para cabelo (como gel, mousse, leave-in e pomada) que sejam muito oleosos
    • Evite tocar o rosto com frequência ou encostá-lo em objetos
    • Vista roupas leves e evite tecidos sintéticos
    • Evite a exposição da pele a óleos e outros produtos químicos.


    Câncer de pele: coceira e dor podem ser sinais

    De acordo com pesquisa da Temple University, na Philadelphia, coceira e dor em lesões suspeitas da pele podem indicar que a área pode ser um câncer de pele.
    Pesquisadores estudaram 339 lesões de câncer de pele de 268 pacientes, que foram perguntados sobre os sintomas das lesões. Cerca de 37% das lesões eram acompanhadas de coceira e 28% de dor.

    Para os médicos, uma simples pergunta aos pacientes sobre seus sintomas pode trazer informações adicionais na hora de avaliar lesões suspeitas, cuja natureza pode ser confirmada posteriormente por uma biópsia.


    Sintomas podem indicar maior agressividade do câncer de pele
    Pacientes com carcinoma espinocelular relataram maior ocorrência de dor, enquanto pacientes com carcinoma basocelular se queixaram mais de coceira.
    Foi notado, no estudo, que lesões que são muito dolorosas ou que apresentam intensa coceira, podem indicar uma forma mais agressiva do tumor. A coceira vem de fibras nervosas nas camadas mais superficiais da pele, onde carcinomas basocelulares são usualmente encontrados. Carcinomas espinocelulares podem penetrar mais profundamente na pele e provocar lesões mais dolorosas.

    No entanto, isso não quer dizer que toda lesão de pele que tenha coceira ou dor seja um câncer. Isso apenas deve ser levado em consideração para uma avaliação mais atenta nos casos suspeitos.
    Sintomas não são comuns no melanoma

    Dor e coceira foram mais prevalentes em pacientes com câncer de pele do tipo não-melanoma. O melanoma é um tumor muito menos comum que o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, mas é muito mais perigoso.

    Carcinoma basocelular
    O que é?
    O carcinoma basocelular (basalioma ou epitelioma basocelular) é um tumor maligno da pele. É o câncer da pele mais frequente, representando cerca de 70% de todos os tipos. Sua ocorrência é mais comum após os 40 anos de idade, nas pessoas de pele clara e seu surgimento tem relação direta com a exposição acumulativa da pele à radiação solar durante a vida. A proteção solar é a melhor forma de prevenir o seu surgimento.




    Por ser um tumor de crescimento muito lento e que não dá metástases (não envia células para outros órgãos), é o de melhor prognóstico entre os cânceres da pele. No entanto, pode apresentar característica invasiva e, com o seu crescimento, destruir os tecidos que o rodeiam atingindo até a cartilagem e os ossos.


    Manifestações clínicas do carcinoma basocelular
    A grande maioria das lesões aparece na face. O basalioma pode se manifestar de diversas formas mas em sua apresentação mais típica inicia-se como pequena lesão consistente, de cor rósea ou translúcida e aspecto “perolado”, liso e brilhante, com finos vasos sanguíneos na superfície e que cresce progressiva e lentamente.

    O carcinoma basocelular também pode apresentar pontos escuros e, na sua evolução, pode ulcerar (formar ferida) ou sangrar devido a pequenos traumatismos como o roçar da toalha de banho, podendo, com isso, apresentar uma crosta escura (sangue coagulado) na sua superfície
    Algumas lesões podem ser pigmentadas, com as mesmas características descritas acima porém de coloração escura (basocelular pigmentado), outras crescem em extensão atingindo vários centímetros sem contudo aprofundar-se nos tecidos abaixo dela (basocelular plano-cicatricial). A forma mais agressiva acontece quando o tumor invade os tecidos em profundidade (basocelular terebrante), com grande potencial destrutivo principalmente se atingir o nariz ou os olhos.

    Existem outras formas de apresentação do carcinoma basocelular e o diagnóstico deve ser feito por um profissional capacitado. Se você apresenta uma lesão de crescimento progressivo, que forma crostas na sua superfície ou sangra facilmente, procure um médico dermatologista para fazer uma avaliação.


    Tratamento
    O tratamento do carcinoma basocelular é na maioria das vezes cirúrgico, objetivando a retirada completa da lesão com margem de segurança. O tumor também pode ser tratado pela criocirurgia com nitrogênio líquido. Alguns tipos superficiais podem ser tratados pela terapia fotodinâmica ou imiquimod.

    Por ser um tumor que não envia metástases, o tratamento precoce leva à cura na maioria das vezes, daí a importância de se procurar um dermatologista em caso de uma lesão suspeita.

    Melanoma maligno

    O melanoma inicia-se como uma lesão escura que aumenta de tamanho em extensão e/ou profundidade, com alteração de suas cores originais, surgimento de pontos pigmentados ao redor da lesão inicial, ulceração (formação de ferida), sangramento ou sintomas como coceira, dor ou inflamação.

    Na fase inicial, o melanoma está restrito à camada mais superficial da pele, época ideal para realização do diagnóstico e tratamento pois, nesta localização, ainda não ocorre a disseminação de células tumorais à distância e a retirada completa do tumor tem altos índices de cura. É o melanoma “in situ”.
    Quando o melanoma deixa de ser plano, formando lesão elevada na pele, é sinal de que também está progredindo em profundidade. A profundidade atingida e a espessura da lesão são os parâmetros que definem a gravidade da lesão. Quanto mais profunda e espessa, mais grave, pois aumentam os riscos de metástases para outros órgãos.

    As lesões de melanoma apresentam características fáceis de se reconhecer aprendendo-se o ABCD do melanoma:
    ⦁ Assimetria: formato irregular
    ⦁ Bordas irregulares: limites externos irregulares
    ⦁ Coloração variada (diferentes tonalidades de cor)
    ⦁ Diâmetro: maior que 6 milímetros (o diâmetro de um lápis)

    Na foto abaixo os critérios do ABCD podem ser percebidos nitidamente.



    Sinais escuros que começam a adquirir características como estas acima podem estar se transformando em um melanoma, principalmente se estiverem em áreas de exposição contínua ao sol. A radiação ultra-violeta do sol pode estimular a transformação de nevos pigmentados em melanomas. A proteção solar é a melhor forma de prevenir o surgimento do melanoma maligno.
    Além disso, ao ABCD pode-se acrescentar ainda o E, de evolução. Qualquer alteração em sinais antigos, como: mudança da cor (para mais escuro ou mais claro) ou formato, aumento de tamanho, sangramento, coceira, inflamação ou surgimento de áreas pigmentadas ao redor do sinal justifica uma consulta ao dermatologista para avaliação.

    O melanoma pode se apresentar de diversas formas. O tipo mais comum de apresentação é o melanoma superficial extensivo (foto abaixo). De crescimento mais lento e horizontal, este tipo é mais facilmente identificado, facilitando o tratamento precoce e a cura.
    Outras formas de apresentação são o melanoma nodular primário, que tem crescimento em profundidade mais rápido e o lentigo maligno melanoma, tumor plano que ocorre mais frequentemente em pessoas acima de 60 anos de idade e aparece em áreas de grande exposição solar, principalmente a face.

    O melanoma acral é uma forma de apresentação na qual a localização do tumor é nos pés ou nas mãos. Uma apresentação mais rara é o melanoma amelanótico, quando o tumor não tem a coloração escura, o que dificulta bastante o diagnóstico clínico.

    Tratamento
    O tratamento do melanoma maligno é cirúrgico e deve ser realizado o mais precocemente possível de modo a se evitar a disseminação de metástases. O diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais para a cura.
    Quem possui lesões pigmentadas na pele com características suspeitas de melanoma deve procurar o seu dermatologista o quanto antes para uma consulta.

    Pra saber



    Quando devemos retirar um sinal?

    “Pintas” e sinais escuros são muito freqüentes nos seres humanos e, quanto mais clara a pele e mais sol a pessoa se expôs em sua infância e adolescência, mais pintas o indivíduo deverá ter.
    É exatamente por estes motivos que algumas “pintas” ou sinais devem ser retirados, mas não todos.

    Devem ser removidas apenas as lesões que justifiquem a remoção, evitando cirurgias desnecessárias e as cicatrizes resultantes.

    Em geral, toda “pinta” ou sinal apresenta a possibilidade de transformação em câncer da pele. Felizmente, tal transformação ocorre apenas numa minoria dos casos. O que não significa que não devemos estar atentos para esta possibilidade. Na realidade, uma vez que estas lesões estão visíveis e em local de fácil acesso (a pele), isto permite a sua retirada, quando necessária, evitando problemas maiores para a saúde.

    Como saber qual é o sinal perigoso?
    De uma maneira prática, devem ser retiradas:
    ⦁ todas as “pintas” que sofram modificações (crescimento ou mudança de cor) num curto período de tempo (semanas ou meses);
    ⦁ aquelas que coçam, ardem ou doem;
    ⦁ sinais escuros nas plantas dos pés, palmas das mãos, couro cabeludo, dentro da boca ou nas mucosas dos genitais;
    ⦁ “pintas” que sangram.

    Sinais de nascença são tão ou mais perigosos que aqueles que surgem na juventude e podem ser retirados sempre que o resultado estético for vantajoso. O dermatologista é o profissional qualificado para avaliar se uma lesão realmente deve ou não ser removida. Entretanto, a experiência diz que quando uma pessoa “cisma” com uma “pinta”, vale a pena retirá-la.

    É bom ressaltar que as “pintas” ou sinais a que estamos nos referindo são as lesões denominadas nevos melanocíticos. Várias outras lesões que surgem na pele podem ser semelhantes aos nevos melanocíticos, mas apenas estes devem ser removidos de acordo com as orientações acima.

    Vitiligo-

    Sinônimos: falta de melanina
    Vitiligo é uma doença cutânea que causa a perda gradativa da pigmentação da pele, geralmente com o surgimento de manchas em todo o corpo. É impossível prever a extensão da doença ou o quanto a pessoa perderá da cor da pele. Vitiligo pode afetar qualquer parte do corpo, até mesmo o cabelo, o interior da boca e os olhos.

    Vitiligo pode afetar pessoas de todos os tipos de pele, mas costuma ser mais perceptível em pessoas com pele mais escura. A condição não é contagiosa e nem representa um risco para a vida de quem a possui, mas pode afetar seriamente a autoestima do paciente e pode ser uma espécie de gatilho para o surgimento de problemas psicológicos, como a depressão. Tratamento para vitiligo pode desacelerar a doença e até mesmo melhorar a aparência da pessoa. Apesar de existir cura, ela não depende exclusivamente do método terapêutico, mas sim da reação do organismo a esse método.


    Tipos
    O vitiligo pode ser dividido em dois grandes grupos e, a partir daí, em sete tipos de vitiligo:
    Vitiligo localizado
    Nele, uma ou mais manchas podem surgir em, pelo menos, três partes do corpo, com evolução rápida (cerca de semanas ou alguns poucos meses) seguida de estabilização. A partir daí também não surgem novas manchas.
    O vitiligo localizado pode ser classificado como segmentar, focal ou de mucosas. O tipo segmentar é caracterizado por manchas do formato de faixas e unilaterais, ou seja, de um lado só do corpo. A focal é o tipo em que aparecem manchas em duas ou três partes do corpo, como mãos, axilas, pés e pálpebras, e a de mucosas aparece somente em lábios e na região genital. O tipo focal de vitiligo é o mais comum de todos.
    Vitiligo generalizado

    Às vezes, o vitiligo do tipo focal desenvolve para a forma generalizada, embora isso não seja tão comum. As manchas são simétricas, acometendo os mesmos locais e em ambos os lados do corpo. O vitiligo generalizado pode evoluir rápida ou lentamente e pode, ainda, estabilizar depois de determinado tempo.
    São quatro tipos distintos de vitiligo generalizado (vulgar, misto, universal e acrofacial). O mais comum deles é o tipo vulgar, em que surgem manchas simétricas em diversas áreas do corpo. O tipo misto consiste em uma mistura dos tipos vulgar e segmentar. Já o vitiligo universal, que é muito raro, acomete mais de 70% do corpo. Por último, o vitiligo do tipo acrofacial só leva ao surgimento de manchas no rosto, nas mãos e nos pés.


    Causas
    As causas de vitiligo ainda são desconhecidas. O que se sabe até agora é que a doença ocorre quando as células formadoras de melanina (melanócitos) morrem ou deixam de produzir melanina - o pigmento que dá garante a cor da pele, do cabelo e dos olhos. Os médicos ainda não sabem explicar por que os melanócitos param de cumprir sua função, mas acredita-se que vitiligo possa ser uma doença autoimune, em que o próprio sistema imunológico da pessoa ataca e destrói os melanócitos.


    Saiba mais
    Vitiligo pode ter origem emocional
    Evidências médicas também sugerem que vitiligo possa estar relacionada à herança genética ou a fatores externos, como exposição excessiva ao sol, a situações de estresse e a produtos químicos.


    Fatores de risco
    Vitiligo pode acontecer com qualquer pessoa, embora seja mais comum em pessoas com a cor de pele mais escura. A doença também pode aparecer durante qualquer fase da vida, mas o seu surgimento é muito mais comum até os 20 anos de idade.
    Estudos mostram que histórico familiar de vitiligo possa estar entre um dos possíveis fatores de risco para a doença, mas essa evidência ainda não está comprovada.

    Sintomas de Vitiligo
    O principal sinal de vitiligo é a perda da pigmentação da pele, geralmente com o surgimento de manchas por todo o corpo. Outros sinais de vitiligo incluem:
    ⦁ Perda de pigmentação do cabelo, cílios, sobrancelhas ou barba
    ⦁ Perda da cor nos tecidos que revestem o interior de sua boca e nariz (membranas mucosas)
    ⦁ Perda ou alteração da cor da camada interna do globo ocular (retina)
    ⦁ Manchas descoradas em torno das axilas, umbigo, órgãos genitais e reto.
    A doença pode variar também de intensidade:
    ⦁ As manchas podem aparecer em todo o corpo, no caso do vitiligo generalizado (mais comum de todos)
    ⦁ As manchas podem surgir em somente um lado ou uma parte do corpo, o que configura um caso de vitiligo segmentar. Nesses casos, a doença costuma aparecer mais cedo e progride por um ou dois anos e depois para
    ⦁ A doença também pode afetar somente uma parte ou área do corpo, característica do vitiligo focal.
    É difícil prever como a doença vai progredir. Às vezes, as manchas param espontaneamente e sem tratamento. Em alguns casos, no entanto, a perda de pigmento da pele se espalha por todo o corpo. Isso, no entanto, depende única e exclusivamente do paciente. Não há como prever como o vitiligo evoluirá. Uma vez tendo perdido a cor da pele, é muito raro e difícil que ela volte à cor que tinha antes.


    Diagnóstico e Exames
    Buscando ajuda médica
    Procure um médico se você notar que alguma parte de seu corpo, cabelo ou olhos está perdendo a cor, especialmente se você notar o surgimento de manchas em algumas áreas do corpo – em especial aquelas que ficam mais expostas ao sol.


    Na consulta médica
    No consultório médico, descreva todos os seus sintomas e dê detalhes de quando eles surgiram e como você os notou. Tire todas as suas dúvidas e esteja preparado para um possível exame físico, em que o especialista (geralmente um dermatologista) examinará o corpo em busca de manchas que possam caracterizar vitiligo.
    Responda corretamente às perguntas que o médico poderá lhe fazer, como essas:
    ⦁ Quando você notou o surgimento de manchas na pele?
    ⦁ Você costuma ficar exposto ao sol? Já teve alguma queimadura decorrente da exposição excessiva ao sol?
    ⦁ Essas manchas descoloridas estão lhe causando outros sintomas?
    ⦁ Você já teve esse tipo de mudança na cor de pele antes?
    ⦁ Isso tem afetado a sua qualidade de vida?.


    Diagnóstico de Vitiligo
    O diagnóstico de vitiligo costuma seguir três etapas principais:
    Histórico médico e exame físico
    Se o seu médico suspeitar que você tem vitiligo, ele provavelmente lhe perguntará sobre seu histórico médico e sobre o histórico médico de sua família, e o examinará para excluir possíveis outras causas, como dermatite atópica ou psoríase, por exemplo.
    Biópsia da pele e coleta de sangue
    Além disso, o médico poderá retirar uma amostra da pele para realizar uma biópsia em laboratório e também uma coleta de sangue, que seguirá também para análise laboratorial.
    Outros exames
    Outros exames também podem ser solicitados pelo médico, dependendo do caso. O médico pode suspeitar de que você está com uma inflamação no olho, por exemplo, então ele provavelmente o encaminhará para um oftalmologista.


    Tratamento e Cuidados
    Tratamento de Vitiligo

    Apesar de ainda ter causa desconhecida, existem alguns tratamentos disponíveis para ajudar a restaurar a cor ou o tom de pele. No entanto, os resultados variam e são imprevisíveis. Alguns tratamentos podem causar efeitos colaterais. Por isso, o médico poderá indicar um simples método para disfarçar a aparência, como o uso de bronzeadores e maquiagem. Em alguns casos isso pode bastar, outros exigirão tratamento mais rigoroso.

    Medicamentos
    É muito difícil interromper ou paralisar o processo do vitiligo – alguns organismos respondem bem ao tratamento e conseguem não só paralisar a doença, como regredi-la e fazê-la desaparecer completamente. Além disso, alguns medicamentos podem ajudar a melhorar a aparência da pele, como cremes que controlam a doença e que, se usados logo no início, podem até ajudar a restaurar a cor original da pele. Não se desanime, no entanto, se não notar progressos na cor da pele logo no começo do tratamento. Podem demorar meses até que ele mostre sua eficácia. Cremes de corticosteroides costumam ser eficazes e são, geralmente, fáceis de manusear. As únicas contraindicações são os efeitos colaterais que eles podem causar, como o afinamento da pele e o aparecimento de estrias. Cremes a base de vitamina D também podem ser recomendados pelo médico.


    Saiba mais
    Confira as possibilidades de tratamento para quem tem vitiligo

    Você sabe impedir o desenvolvimento do vitiligo?
    Medicamentos que atuem diretamente sobre o sistema imunológico podem ser uma saída. Consulte seu médico sobre a possibilidade de usá-los. Além disso, converse com o especialista também sobre a possibilidade de combinar o uso de medicamentos com terapia de luz ou a laser. Ele poderá lhe informar sobre possíveis efeitos colaterais e sobre a eficácia do tratamento.
    Remover o que restou da cor de pele original pode ser uma opção, em casos em que a despigmentação já se espalhou por todo o corpo, de modo que nenhum outro tipo de tratamento possa ser mais útil.

    Cirurgia
    A cirurgia pode ser uma opção se a terapia de luz e as drogas não funcionarem. A cirurgia também pode ser usada em conjunto com essas terapias, caso paciente e médico sintam necessidade. O objetivo das seguintes técnicas é para uniformizar o tom da pele, restaurando a cor.
    Há três tipos diferentes de cirurgia:
    ⦁ Enxerto de pele: o médico remove pequenas partes da pele com a pigmentação original e coloca sobre as partes do corpo que já perderam a cor
    ⦁ Enxerto por bolhas: o médico cria bolhas em cima da pele pigmentada. Depois, ele retira o material dessas bolhas e o transplanta em cima de partes descoloridas do corpo
    ⦁ Micropigmentação: este procedimento é bastante parecido com o método usado na aplicação de tatuagens. O médico utiliza um instrumento cirúrgico especial para implantar o pigmento perdido em pequenas áreas da pele. Esse tratamento costuma ser mais eficaz ao redor dos lábios, especialmente em pessoas com pele mais escura.


    Medicamentos para Vitiligo
    Os medicamentos mais usados para o tratamento de vitiligo são:
    Prednisona
    Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

    Convivendo/ Prognóstico
    Adote algumas medidas para evitar o progresso da doença e ajudar e garantir a eficácia do tratamento. Confira:
    ⦁ Evite ficar exposto à luz solar e a fontes artificiais de luz que contenham índices altos de raios UV
    ⦁ Faça uso de produtos dermatologicamente testados para dar disfarçar e melhorar a aparência da pele. Consulte seu médico antes de fazê-lo
    ⦁ Não faça tatuagens. Causar esse tipo de lesão pode prejudicar o tratamento e levar ao surgimento de novas manchas.

    Complicações possíveis
    Pessoas com vitiligo estão mais sujeitas a algumas complicações, a exemplo de:
    Saiba mais
    Vitiligo pode causar distúrbios psicológicos
    ⦁ Problemas sociais e psicológicos causados por baixa autoestima, como depressão
    ⦁ Queimaduras solares e câncer de pele
    ⦁ Problemas oculares, como a inflamação da íris (irite)
    ⦁ Perda de audição
    ⦁ Efeitos colaterais do tratamento.
    ⦁ Problemas sociais e psicológicos causados por baixa autoestima, como depressão
    ⦁ Queimaduras solares e câncer de pele
    ⦁ Problemas oculares, como a inflamação da íris (irite)
    ⦁ Perda de audição
    ⦁ Efeitos colaterais do tratamento.


    Expectativas
    A evolução do vitiligo varia e é muito imprevisível. Embora seja muito difícil, algumas áreas do corpo podem recuperar o pigmento original, mas outras áreas novas com perda de pigmento também podem surgir. A pele repigmentada pode ser ligeiramente mais clara ou mais escura do que a pele ao seu redor. Além disso, a perda de pigmento pode e costuma agravar-se com o passar do tempo. Apesar de existir cura para vitiligo, ela não depende exclusivamente do método terapêutico, mas sim da reação do organismo a este método.

    Prevenção
    Não há maneiras conhecidas ou cientificadas comprovadas que ajudem a prevenir vitiligo.

    Psoríase- O que é?

    A psoríase é uma doença de pele bastante comum, que se caracteriza por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas. Essas placas aparecem com maior frequência no couro cabeludo, cotovelos e joelhos, mas pés, mãos, unhas e a região genital também podem ser afetados. A extensão da psoríase varia de pequenas lesões localizadas até o comprometimento de toda a pele.
    A psoríase é uma doença crônica, autoimune - ou seja, em que o organismo ataca ele mesmo - não contagiosa e que pode ser recorrente. Ela tem gravidade variável, podendo apresentar desde formas leves e facilmente tratáveis até casos muito extensos, que levam à incapacidade física, acometendo também as articulações

    Tipos

    São vários os tipos de psoríase, que se apresentam e também são tratados de formas diferentes. Dentre eles estão:

    Psoríase Vulgar ou em placas

    É a forma mais comum da doença, caracterizada por lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos. Algumas vezes elas podem coçar, causar dor e atingir todas as partes do corpo, inclusive genitais e dentro da boca do paciente. Nos casos considerados mais graves, a pele ao redor das articulações pode rachar e sangrar.

    Psoríase Invertida

    É a psoríase em forma de manchas inflamadas e vermelhas que atingem, principalmente, as áreas mais úmidas do corpo, onde normalmente se formam dobras, como nas axilas, virilhas, em baixo dos seios e ao redor dos órgãos genitais. No caso de pessoas com obesidade, esse tipo de psoríase pode ser agravado, da mesma forma quando há sudorese excessiva e atrito na região.

    Psoríase Gutata

    De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, este tipo da doença é mais comum entre crianças e jovens com menos de 30 anos. A psoríase gutata geralmente é desencadeada por infecções bacterianas, como as de garganta, por exemplo. São formadas pequenas feridas, em forma de gota, que são cobertas por uma fina “escama”. Normalmente aparecem no tronco, pernas, braços e couro cabeludo.

    Psoríase Ungueal

    É o tipo de psoríase que afeta os dedos e unhas das mãos e dos pés. Ela faz com que a unha cresça de forma anormal, engrosse e escame, perca a cor, surgindo depressões puntiformes ou manchas amareladas. Em alguns casos a unha acaba por se descolar da carne ou esfarelar.


    Psoríase Pustulosa


    Esta é uma forma rara de psoríase, em que podem aparecer manchas em todas as partes do corpo ou se concentrar em áreas menores, como pés e mãos. Elas se desenvolvem rapidamente, formando bolhas cheias de pus poucas horas depois da pele se tornar vermelha. Essas bolhas normalmente secam dentro de um ou dois dias, mas podem reaparecer durante vários dias ou semanas, ocasionando febre, calafrios, fadiga e coceira intensa.

    Psoríase Eritrodérmica

    É o tipo menos comum das psoríases, com lesões generalizadas em 75% do corpo ou mais, com manchas vermelhas que podem coçar ou arder de forma intensa, levando a manifestações sistêmicas. São vários os fatores que podem desencadear este tipo de psoríase, dentre eles tratamentos intempestivos com o uso ou retirada abrupta de corticosteroides, infecções, queimaduras graves, ou outro tipo de psoríase que foi mal controlada.

    Psoríase Artropática ou Artrite Psoriásica

    Este tipo da doença pode estar relacionada a qualquer forma clínica da psoríase e, além de apresentar inflamação na pele e descamação, a psoríase artropática ou artrite psoriásica, também é caracterizada por fortes dores nas articulações e pode causar rigidez progressiva.

    Psoríase Palmo-plantar

    As lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e nas solas dos pés.

    Causas

    Não se sabe a causa exata da psoríase. O que se acredita até agora é que em nosso sistema imunológico existe uma célula conhecida como célula T, que percorre todo o corpo humano em busca de elementos estranhos, como vírus e bactérias, com o intuito de combatê-los. Se a pessoa tem psoríase, as células T acabam atacando células saudáveis da pele, como se fosse para cicatrizar uma ferida ou tratar uma infecção.
    Isso costuma trazer várias consequências, como a dilatação de vasos sanguíneos e o aumento no número de glóbulos brancos, que avançam para camadas mais externas da pele de forma muito rápida, provocando lesões avermelhadas. Trata-se de um ciclo ininterrupto, que só tem fim com o tratamento adequado.
    Acredita-se que a genética tem um papel determinante em boa parte dos casos de psoríase, mas, que fatores ambientais também estejam envolvidos. Uma em cada 3 pessoas com psoríase relata ter um parente com a doença, e acredita-se que até 10% da população geral possa herdar um ou mais genes que predisponham o desenvolvimento da psoríase. No entanto, somente 2% a 3% de fato desenvolvem a doença. Alguns fatores que podem desencadear em psoríase, são:
    • Infecções de garganta e de pele
    • Lesões na pele, como feridas, machucados, queimaduras de sol ou outras de natureza física, química, elétrica, cirúrgica ou inflamatória
    • Estresse
    • Variações climáticas
    • Fumo
    • Consumo excessivo de álcool
    • Medicamentos, como alguns prescritos para transtorno bipolar, pressão alta emalária
    • Alterações bioquímicas, ou seja, do metabolismo de algumas substâncias na pele

    Fatores de risco

    • Histórico familiar: talvez este seja o fator de risco mais significativo para psoríase. Quanto mais parentes diagnosticados com a doença o paciente tiver, mais chances de desenvolver a doença
    • Infecção bacteriana ou viral: pessoas com quadros constantes de infecção têm igualmente mais chances de serem diagnosticadas com a doença
    • HIV/Aids: pessoas com Aids ou portadoras do vírus HIV, que têm deficiência no sistema imunológico, também são mais propensas a desenvolver a psoríase
    • Estresse: ele também pode impactar no sistema imunológico
    • Obesidade: o excesso de peso facilita o desenvolvimento da doença
    • Fumo: o uso do cigarro não só é um fator de risco para psoríase como também pode determinar o quão grave será a doença
    • Sintomas de Psoríase

      • Lesões avermelhadas na pele, cobertas com uma camada brancoprateada e descamativa
      • Pequenas manchas vermelhas
      • Pele seca, com facilidade para sangramentos
      • Unhas espessas e esfareladas, amareladas, descoladas e com furinhos na superfície
      • Inchaço nas articulações
      • Articulações rígidas e doloridas
      • Placas e descamações no couro cabeludo, cotovelos e joelhos
      • Na consulta médica

        O especialista que pode diagnosticar a psoríase é o dermatologista.
        Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar tempo. Dessa forma, você já pode chegar ao consultório com algumas informações:
        • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
        • Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
        • Se possível, peça para uma pessoa acompanha-lo
        O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
        • Quando os sintomas começaram?
        • Com que frequência você tem esses sintomas?
        • Os sintomas são contínuos ou ocasionais?
        • Há alguma medida que ajude a amenizar os sintomas?
        • Algum parente próximo tem psoríase?
        • Quais articulações foram afetadas?
        Também é importante levar suas dúvidas para o consultório por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Veja algumas dicas de perguntas que você poderá fazer ao médico:
        • Quais exames serão necessários para realizar o diagnóstico?
        • Quais os tratamentos disponíveis?
        • Qual o tempo de recuperação?
        • Eu tenho outros problemas de saúde. Como posso conciliá-los com a psoríase?
        • Quais cuidados devo tomar em casa para ajudar na recuperação?

        Diagnóstico de Psoríase

        O diagnóstico da psoríase é clínico, em que o médico faz um exame físico, analisando os aspectos da pele, unhas e couro cabeludo, e verificando se os sintomas realmente representam psoríase. O profissional também deverá levar em conta o histórico familiar do paciente para psoríase, uma vez que já que ter algum parente com a doença aumenta as chances de desenvolvê-la. O especialista também pode pedir para o paciente fazer uma biópsia da pele afetada para confirmar o diagnóstico.

         tratamento e cuidados

        Tratamento de Psoríase

        Existem diversos tipos de tratamento para psoríase, mas todos têm pelo menos um dos seguintes objetivos:
        • Reduzir a inflamação e formação das placas, fazendo com que as células da pele parem de crescer tão rapidamente
        • Regular e normalizar a aparência da pele
        Para isso, existem três opções gerais de tratamento: tópico (cremes e pomadas), sistêmico e por fototerapia. A escolha dependerá do tipo de psoríase desenvolvida e do histórico do paciente. Apenas o médico poderá indicar qual o melhor tratamento.
        Normalmente é possível tratar pacientes que apresentam uma forma leve de psoríase, com pequenas e poucas lesões cutâneas, sem comprometimento das articulações, com medicações tópicas, além de orientações sobre os benefícios dos hidratantes e da exposição solar (leve e protegida) na psoríase. Dentre os medicamentos tópicos que podem ser receitados estão as pomadas com corticoides e outras substâncias que sejam mais adequadas, caso a caso, para aliviar os sintomas.
        Já os pacientes que apresentam formas de psoríase mais graves frequentemente necessitam de medicamentos sistêmicos, que são os de uso via oral, subcutâneo, intramuscular, ou intravenoso, para o controle da doença. Eles também são indicados nos casos em que apenas com o tratamento tópico não se obteve o resultado esperado.
        Dentre as classes de medicamentos sistêmicos para o tratamento da psoríase podem ser citados:
        • Imunossupressores: esse tipo de medicamento atua no sistema imunológico diminuindo a capacidade do organismo atacar ele mesmo
        • Medicamentos biológicos: são moléculas de natureza proteica, produzidas com o auxílio da engenharia genética, usadas para tratar doenças autoimunes. Eles são indicados, especialmente, nos casos resistentes aos tratamentos convencionais ou que já apresentem restrição a eles pelo desenvolvimento de efeitos colaterais.
        Também pode ser usada a fototerapia, que é um procedimento no qual a pele é cuidadosamente exposta à luz ultravioleta, ou a PUVAterapia, que é a utilização de psoralênicos mais fototerapia com ultravioleta A. A fototerapia para psoríase pode ser aplicada com luz ultravioleta A (UVA) ou ultravioleta B (UVB).
      •  convivendo (prognóstico)

        Perguntas frequentes

        A psoríase é contagiosa?

        A psoríase é mais comum em homens ou mulheres?Não, a psoríase é uma doença do sistema imunológico, ou seja, não é algo que você possa contrair de alguém.
        A incidência da psoríase é igual em homens e mulheres.

        A psoríase tem graus ou intensidades?

        Sim, ela pode ser leve, moderada ou grave. A Fundação Nacional Americana de Psoríase considera que a psoríase leve é aquela que afeta menos de 3% do corpo, de 3-10% é considerada moderada e mais de 10% é considerada grave.

        O que pode ativar ou piorar os sintomas da psoríase?

        Os ativadores da psoríase variam de pessoa para pessoa e podem incluir estresse, lesão na pele, alguns tipos de infecções e determinados medicamentos.

        Quais são as partes do corpo mais afetadas?

        Apesar de poder se manifestar em qualquer local do corpo, a psoríase é mais comum no couro cabeludo, nos joelhos, cotovelos e tronco.

        Psoríase é apenas um problema da pele?

        Não. A psoríase é uma doença imunológica crônica que se manifesta principalmente na pele. Contudo, até 30% dos pacientes com psoríase desenvolvem artrite psoriásica, que afeta as articulações e a pele. A inflamação da psoríase pode também estar associada a outras condições e doenças sistêmicas, como obesidadehipertensão arterialdislipidemia (aumento de triglicérides e colesterol) e diabetes.

        Os sintomas da psoríase podem piorar no inverno?

        Sim. Fatores comuns do inverno, como o ar seco, a exposição reduzida à luz solar e às temperaturas mais baixas podem contribuir para exacerbações da psoríase nesta época.

        Em qual idade a maioria das pessoas desenvolve psoríase?

        A psoríase pode se desenvolver em qualquer idade, mas, na maioria das pessoas, os sintomas se manifestam pela primeira vez até os 35 anos de idade.

        A psoríase é hereditária?

        Uma em cada três pessoas com psoríase relata ter um parente com a doença. Converse com seu médico sobre seu histórico genético.

        Convivendo/ Prognóstico

        A psoríase é uma doença crônica que pode ser controlada com tratamento, mas ela também pode desaparecer por algum tempo e depois voltar. Além disso, são diversos os fatores que podem desencadear os sintomas, desde estresse até infecções, dependendo do grau do problema e do próprio organismo do paciente. Os sintomas também podem ser bastante incômodos e, por vezes, acabar afetando a autoestima da pessoa com psoríase. Com isso, as seguintes dicas podem ser bastante úteis:

        Tenha uma dieta saudável

        Além de poder prevenir novas crises da doença, uma alimentação saudável faz toda a diferença no bom funcionamento do organismo, previne o sobrepeso e a obesidade - fatores estes que colaboram com o desenvolvimento de um tipo grave de psoríase. Para saber se você está se alimentando de forma correta e saudável é interessante manter um diário nutricional, em que poderá analisar melhor a qualidade de suas refeições. Algumas dicas são ingerir mais frutas, vegetais, cereais integrais, laticínios com baixo teor de gordura, carnes magras e peixes. Também diminuir a quantidade de carne vermelha, laticínios com alto teor de gordura, álcool, alimentos refinados e processados. Mas é importante conversar com o seu médico antes de fazer qualquer mudança na dieta, uma vez que de acordo com certas restrições alimentares ele irá personalizar o que você pode comer afim de estar suprido com todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do seu corpo.

        Evite o estresse

        O estresse é um ativador comum da psoríase, até porque a própria doença pode ser considerada um fator estressante. Embora nem sempre seja possível evitar o estresse, ter consciência dele pode ajudar. Para isso você precisa identificar a causa do seu estresse, que podem até ter desencadeado reações anteriores, para evita-los ou lidar com eles de maneira mais construtiva no futuro. Ter um tempo para relaxar, fazer meditação ou ioga, assim como exercícios de respiração profunda podem ajudar a reduzir o estresse. Também é importante conversar, desabafar sobre como a psoríase faz você se sentir e afeta a sua vida. Reprimir esses sentimentos pode aumentar o estresse e piorar os sintomas do problema.

        Na hora de se vestir

        Com psoríase, algumas pessoas podem ter dificuldade em escolher roupas que as deixem confortáveis e se sintam bem. Se você se enquadra neste quesito, pode achar interessante escolher roupas com tecidos macios como o algodão para não causar atrito na pele. Tecidos mais ásperos como os de lã ou sintéticos podem causar irritação nas placas. Também é importante manter a respiração da pele, uma vez que a própria transpiração também pode irritar o local ocasionalmente. Neste quesito, tecidos macios e "respiráveis", que absorvam a umidade, são uma boa pedida.

        Cuidado com outros medicamentos e produtos

        Alguns medicamentos ou produtos para a pele podem interferir diretamente nos sintomas da psoríase. Então, é importante sempre consultar e informar ao médico os remédios e cosméticos que faz uso para que se verifique qual opção pode ser usada para tratar os problemas sem que os efeitos de ambos sejam prejudicados ou causem algum problema ao paciente.
      • Complicações possíveis

        • Artrite psoriásica: Complicação da psoríase que pode causar danos às articulações
        • Problemas oculares: Algumas condições oculares, como conjuntiviteblefariteuveíte são mais comuns em pessoas com psoríase
        • Obesidade: Pessoas com psoríase, principalmente aquelas com as formas mais severas da doença, são mais propensas a desenvolver obesidade. Ainda não se sabe exatamente como elas estão ligadas, mas acredita-se que seja por praticarem menos atividades físicas por conta da própria condição de saúde. Além disso, pessoas com obesidade que desenvolvam psoríase têm maior chance de contrair formas mais graves da doença
        • Diabetes tipo 2: O risco do paciente com psoríase desenvolver diabetes tipo 2 é aumentado quanto mais severo for o tipo de psoríase
        • Doenças cardiovasculares: O risco de infartotaquicardia e outras condições cardiovasculares são maiores em pessoas com psoríase em comparação com quem não tem a doença. Isso pode ser devido a um excesso de inflamações, efeito colateral de alguns tratamentos ou a um aumento do risco de desenvolver obesidade e outros fatores que contribuem para o aparecimento de doenças cardiovasculares
        • Outras doenças metabólicas: como a doença celíacaesclerosedoença de Crohn, entre outras
        • Síndrome metabólica
        • Hipertensão arterial
        • Doença de Parkinson
        • Doenças dos rins
        A psoríase pode ainda causar problemas na qualidade de vida do paciente, levando-o a sintomas de depressão, baixa autoestima, isolamento social, problemas no trabalho e em outros círculos sociais.

        Expectativas

        A psoríase é uma doença crônica que pode ser controlada com tratamento. No entanto, os sintomas podem desaparecer por algum tempo e depois retornar. Não é possível prever com certeza quando as crises irão se manifestar. A psoríase passa por ciclos, aparentemente aleatórios, de melhora e piora dos sintomas. Hidratar a pele ajuda a aliviar os sintomas, mas a abordagem terapêutica precisa ser direcionada para cada tipo e intensidade do quadro de psoríase.
        Os efeitos do tratamento também são diferentes de pessoa para pessoa, algumas podem obter resultados com a primeira opção terapêutica, enquanto outras demoram mais para encontrar um tratamento eficaz. A pele também pode ficar mais resistente com o passar do tempo, fazendo com que a mudança de doses ou abordagem seja inevitável. Além disso, a maioria dos tratamentos pode apresentar efeitos colaterais significativos, então é importante conversar com o seu médico se surgirem novos sintomas ou caso aconteça mudanças na pele.

         prevenção

        Prevenção

        Não há uma maneira conhecida de prevenir a psoríase, mas você pode agir para evitar que as crises da doença ocorram. Confira algumas medidas:

        Hidrate sua pele

        Pessoas com psoríase devem usar hidratantes corporais, indicados pelo médico, várias vezes ao dia, principalmente nas áreas onde costumam aparecer as lesões. Prefira aqueles que não tenham muito perfume e cor, pois são menos propensos a desencadear uma alergia. Aproveite o pós-banho para fazer a hidratação principal.

        Não esfolie a pele

        A esfoliação é contraindicada para pacientes que sofrem de psoríase. Além disso, o procedimento pode causar rompimento da pele, desencadeando uma nova crise. Este é o chamado fenômeno de Koebner, em que um trauma em alguma região saudável da pele leva ao surgimento de lesões que existiam em outras partes do corpo. O mesmo acontece em portadores do vitiligo.

        Tome sol

        Tomar sol não só é permitido como é recomendado para pacientes com psoríase. Mas, é claro, com alguns cuidados. O primeiro deles é em relação ao horário de exposição, que deve ser até as 10h ou após as 16h. Outro cuidado é a duração da exposição. Cerca de 10 minutos já são suficientes para aproveitar o efeito anti-inflamatório do sol. Converse com o seu médico sobre o uso de filtros solares.

        Cuidado com a depilação!

        Homens podem fazer a barba com lâmina normalmente, tomando cuidado apenas com traumas que possam provocar lesões. A depilação, por sua vez, requer ainda mais atenção. O paciente deve optar pelo método que traumatizar menos a pele. Se ele tem alergia à lâmina, por exemplo, deve evitar o uso. Se tem alergia à cera, por outro lado, recomenda-se tentar a lâmina. Entretanto, se a área estiver muito inflamada, o ideal é tratar a pele antes de realizar qualquer procedimento para evitar o agravamento do quadro.

        Tome banhos rápidos

        O banho do paciente com psoríase deve ser rápido, morno e sem o uso de buchas. Quanto ao sabonete, prefira as versões neutras. Por fim, seque a pele com uma toalha macia, sem esfregar e tome cuidado especial com as regiões lesionadas.

        Tome cuidado com os cosméticos

        Antes de realizar qualquer procedimento estético, consulte seu dermatologista. A maior parte dos produtos pode ser usada em regiões livres de lesões. Nas áreas com traumas, entretanto, é preciso tomar cuidado para que substâncias presentes nas composições não agravem o quadro.

        Roupas

        Opte sempre pelo conforto. Roupas muito justas ou que não são de algodão podem impedir que a pele transpire normalmente, favorecendo a proliferação de fungos. Assim, prefira peças que permitam ventilação e não limitem seus movimentos.

        Muita atenção com tatuagem e piercing!

        Como a psoríase é uma doença caracterizada pelo fenômeno de Koebner, o paciente deve estar ciente de que os traumas causados para fazer uma tatuagem ou colocar um piercing podem desencadear o aparecimento de lesões. Se for arriscar, vale saber que está correndo o risco de surgir uma lesão crônica no local. Procedimentos para eliminar tatuagens também favorecem lesões.